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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Atividade e Produção Textual - Crônicas

Interpretação de crônica com sugestão de produção textual



Chatear e encher

Um amigo meu me ensina a diferença entre “chatear” e “encher”.
Chatear é assim:
Você telefona para um escritório qualquer na cidade.
– Alô! Quer me chamar por favor o Valdemar?
– Aqui não tem nenhum Valdemar.
Daí a alguns minutos você liga de novo:
– O Valdemar, por obséquio.
– Cavalheiro, aqui não trabalha nenhum Valdemar.
– Mas não é do número tal?
– É, mas aqui não trabalha nenhum Valdemar.
Mais cinco minutos, você liga o mesmo número:
– Por favor, o Valdemar já chegou?
– Vê se te manca, palhaço. Já não lhe disse que o diabo desse Valdemar nunca trabalhou aqui?
– Mas ele mesmo me disse que trabalhava aí.
– Não chateia.
Daí a dez minutos, liga de novo
– Escute uma coisa! O Valdemar não deixou pelo menos um recado?
O outro desta vez esquece a presença da datilógrafa e diz coisas impublicáveis.
Até aqui é chatear. Para encher, espere passar mais dez minutos, faça nova ligação:
– Alô! Quem fala? Quem fala aqui é o Valdemar. Alguém telefonou para mim?
                                                                                                                            Paulo Mendes Campos.


Interpretação textual
1. O que acontece nas conversas que provocam a impaciência de quem atende o telefone?

2. Quais são as dicas dadas  no texto para chatear quem atende o telefone?

3. Quando a situação descrita deixa de chatear e passa a encher quem atende, segundo o narrador?

4. A situação descreve um trote por telefone. Explique com suas palavras o que é um trote.

5. . Releia este trecho.
O outro desta vez esquece a presença da datilógrafa e diz coisas impublicáveis.
- Por que as coisas ditas por quem recebe o trote são impublicáveis?

6. Onde não poderiam ser publicadas?

7. O que a pessoa que recebia o trote estava sentindo naquele momento?

8. No início da conversa pelo telefone as repostas de quem atende são educadas. No decorrer das ligações essa relação se mantém ou se modifica? Por quê?

9. Cite um dos recursos que aparecem nessa crônica para provocar humor.

Produção textual
1. Escolha uma situação do seu dia a dia que tenha sido estranha ou engraçada e escreva uma  crônica, contando como tudo aconteceu.
Siga o roteiro:
- Pense nas personagens, ou seja, nas pessoas do seu dia a dia que farão parte da sua história.
- Pense em um cenário atual, de preferência urbano.
- Escolha um fato simples, mas que tenha sido engraçado. Lembre-se: o acontecimento que você presenciou é apenas uma inspiração. Você pode inventar alguns trechos e exagerar em outros para deixar o texto com mais humor.

2. Escreva sua crônica e depois revise a pontuação, prestando atenção na forma de organizar os diálogos.

terça-feira, 11 de março de 2014

Morfossintaxe do substantivo



O termo morfossintaxe  se trata da morfologia (relacionada às classes de palavras) e da sintaxe (função que uma palavra desempenha dentro de um contexto oracional). Nesse sentido, cabe mencionar que uma mesma palavra, a depender desse contexto de que falamos, pode ocupar distintas funções, tais como: sujeito, objeto direto, complemento nominal, predicativo do sujeito, entre outras funções.


Dessa forma, ao fazermos referência à morfossintaxe do substantivo, significa afirmarmos que ele poderá, de acordo com a situação em que se encontra empregado na oração, assumir distintas funções – das quais também já temos conhecimento. Ora, tente lembrar-se do objeto direto, complemento nominal, sujeito, predicativo do sujeito, adjunto adverbial, entre tantos outros. Assim, vamos analisar algumas situações nas quais podemos constatar esse fato? Observe atentamente:
O substantivo pode assumir diferentes funções dentro de uma oraçãoO substantivo pode assumir diferentes funções dentro de uma oração
# Sujeito
A garota é linda.
Temos o sujeito – a garota, e o núcleo desse sujeito = garota – substantivo.
# Predicativo do sujeito
Ela é boa menina.
Menina = substantivo = predicativo do sujeito
# Objeto indireto
Precisamos de amor

Amor = substantivo = objeto indireto 

# Complemento nominal
Temos necessidade de amor.
Amor = substantivo = complemento nominal
# Agente da passiva
Fomos surpreendidos pelos visitantes.
Visitantes = substantivo = agente da passiva
# Vocativo
Alunos, façam a pesquisa.
 Alunos = substantivo = vocativo
# Adjunto adverbial 
Fomos dar um passeio no shopping.
Shopping = substantivo = adjunto adverbial de lugar
# Aposto
A Beatriz, aluna, obteve a melhor nota da sala. 

Aluna = substantivo = aposto
# Objeto direto
Lemos os livros.
Livros = substantivo = objeto direto
Como você pôde perceber, são muitas as funções, não é verdade? Dessa forma, saiba que não ocorre somente com o substantivo, mas com muitos outros casos que representam as dez classes gramaticais, ok? 

Compreendendo a morfossintaxe


A morfossintaxe resulta das análises morfológica e sintática, realizadas simultaneamente


Ao nos depararmos com ambas (Morfologia e Sintaxe), sabemos que se relacionam às subdivisões conferidas pela gramática, e mais: que uma corresponde às classes gramaticais e a outra se refere às distintas posições ocupadas por uma mesma palavra em se tratando de um dado contexto linguístico. 

Munidos de tal concepção, as elucidações descritas a seguir, certamente tornarão perfeitamente compreensíveis, face ao prévio conhecimento das referidas modalidades. Sendo assim, a morfossintaxe está condicionada ao fato de um substantivo, numeral, artigo, dentre outros, desempenharem diferentes funções quando dispostas em uma oração. 

Visando à plena efetivação de nossos conhecimentos acerca deste assunto, ora concebível como sendo de extrema relevância, ater-nos-emos a alguns casos em que esta ocorrência se materializa. Analisemos:

As flores são um belo presente.

Toda mulher aprecia ganhar flores. 
Gostamos muito do perfume das flores. 
Patrícia gosta muito de flores.

Nem tudo são flores. 
Flores, por que sois tão belas? 

Defrontamo-nos com um típico exemplo em que um mesmo termo é visto sob diferentes ângulos, podendo ser assim analisados:

1º enunciado – sujeito simples

2º - objeto direto, pois completa o sentido de um verbo transitivo direto.

3º - complemento nominal, haja vista que completa o sentido de um substantivo (perfume).

4º - objeto indireto, uma vez que completa o sentido de um verbo transitivo indireto.

5º - predicativo do sujeito, pois além de revelar uma característica a que o sujeito se refere, ainda se liga a este por intermédio de um verbo de ligação, configurando um caso de predicado nominal.

6º - vocativo, pois invoca um chamamento.


 morfossintaxe nada mais é do que a análise morfológica e sintática, realizada simultaneamente. Mas para que sua compreensão seja efetivada de forma plausível, faz-se necessário entender, antes de tudo, que a análise morfológica diz respeito às dez classes gramaticais; e a análise sintática faz referência às funções desempenhadas por uma dada palavra, estando ela inserida num contexto oracional.
Assim, colocando em prática tudo o que dissemos, analisemos o exemplo em questão, levando em consideração ambas as análises:

Os alunos foram vencedores.
Morfologicamente, temos:
Os – artigo definido (plural)
alunos – substantivo
foram – verbo ser (flexionado no pretérito perfeito do modo indicativo)
vencedores – neste contexto representa um adjetivo, mas pode também atuar como substantivo.

Sintaticamente, concluímos que:
Os alunos – sujeito simples
foram vencedores – predicado nominal, em função do verbo de ligação
vencedores – predicativo do sujeito


É preciso, pois, estabelecer a diferença entre classe e função para entender como se processa a morfossintaxe, pois uma palavra pode transitar entre uma posição e outra.

segunda-feira, 10 de março de 2014

REVISÃO CLASSES GRAMATICAIS



A primeira gramática do ocidente foi de autoria de Dionísio de Trácia, que identificava oito partes do discurso: nome, verbo, particípio, artigo, preposição, pronome, advérbio e conjunção. Atualmente, são reconhecidas dez classes gramaticais pela maioria dos gramáticos: substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, conjunção, interjeição, preposição, artigo, numeral e pronome.


Como podemos observar, houve alterações ao longo do tempo quanto às classes de palavras. Isso acontece porque a nossa língua é viva, e portanto vem sendo alterada pelos seus falantes o tempo todo, ou seja, nós somos os responsáveis por estas mudanças que já ocorreram e pelas que ainda vão ocorrer. Classificar uma palavra não é fácil, mas atualmente todas as palavras da língua portuguesa estão incluídas dentro de uma das dez classes gramaticais dependendo das suas características. A parte da gramática que estuda as classes de palavras é a MORFOLOGIA  (morfo = forma, logia = estudo), ou seja, o estudo da forma. Na morfologia, portanto, não estudamos as relações entre as palavras, o contexto em que são empregadas, ou outros fatores que podem influenciá-la, mas somente a forma da palavra.

Há  discordância entre os gramáticos quanto a algumas definições ou características das classes gramaticais, mas podemos destacar as principais características de cada classe de palavras:





SUBSTANTIVO – é dita a classe que dá nome aos seres, mas não nomeia somente seres, como também sentimentos, estados de espírito, sensações, conceitos filosóficos ou políticos, etc.
Exemplo: Democracia, Andréia, Deus, cadeira, amor, sabor, carinho, etc.

ARTIGO – classe que abriga palavras que servem para determinar ou indeterminar os substantivos, antecedendo-os.
Exemplo: o, a, os, as, um, uma, uns, umas.

ADJETIVO – classe das características, qualidades. Os adjetivos servem para dar características aos substantivos.
Exemplo: querido, limpo, horroroso, quente, sábio, triste, amarelo, etc.

PRONOME  – Palavra que pode acompanhar ou substituir um nome (substantivo) e que determina a pessoa do discurso.
Exemplo: eu, nossa, aquilo, esta, nós, mim, te, eles, etc.

VERBO – palavras que expressam ações ou estados se encontram nesta classe gramatical.
Exemplo: fazer, ser, andar, partir, impor, etc.

ADVÉRBIO – palavras que se associam a verbos, adjetivos ou outros advérbios, modificando-os.
Exemplo: não, muito, constantemente, sempre, etc.

NUMERAL – como o nome diz, expressam quantidades, frações, múltiplos, ordem.
Exemplo: primeiro, vinte, metade, triplo, etc.

PREPOSIÇÃO – Servem para ligar uma palavra à outra, estabelecendo relações entre elas.
Exemplo: em, de, para, por, etc.

CONJUNÇÃO – São palavras que ligam orações, estabelecendo entre elas relações de coordenação ou subordinação.
Exemplo: porém, e, contudo, portanto, mas, que, etc.

INTERJEIÇÃO – Contesta-se que esta seja uma classe gramatical como as demais, pois algumas de suas palavras podem ter valor de uma frase. Mesmo assim, podemos definir as interjeições como palavras ou expressões que evocam emoções, estados de espírito.
Exemplo: Nossa! Ave Maria! Uau! Que pena! Oh!

Fonte:
DUARTE, Paulo Mosânio Teixeira. Classes e categorias em português. 2. ed. rev. E ampl. / Paulo Mosânio Teixeira Duarte e Maria Claudete Lima. – Fortaleza: Editora UFC, 2003.


ATIVIDADES 
Leia o texto a seguir:

O velho Crocodilo

Amanhã vai casar-se o velho crocodilo.
Pensa e pensa sentado na margem do Nilo:
Pra noiva crocodila, o que dar de presente?
Talvez uma escova, uma fita ou um pente.
Pras pestanas? Pulseiras? Ou talvez um anel?
Finalmente decide: será um chapéu.

E sentado assim, lá na margem do Nilo,
Pensa em quem convidar o senhor crocodilo.
Pensa: doce ou salgado será o banquete?
E quanto à sobremesa: quem sabe sorvete?
Ou quem sabe salame? Ou arenque do mar?
Pensa o velho crocó: como é duro casar!

Di-Versos Hebraicos. Tradução de Tatiana Belinky e Mira Perlow. São Paulo: Scipione, 1991

1.    Releia o texto e responda as questões propostas:

a.    Copie a alternativa que explica por que o crocodilo achava duro casar.
( ) Porque ele não queria se casar.
( ) Porque é dura a vida de casado.
( ) Porque havia muitas decisões a serem tomadas, e ele estava cheio de dúvidas.

b.    Copie a alternativa que responde à pergunta: Como ele poderia resolver mais facilmente seus problemas?
( ) Desistindo de se casar.
( ) Partilhando tudo com sua noiva ou com outra pessoa, assim seria mais fácil ele chegar a uma conclusão sobre cada assunto.
( ) Continuar pensando sobre o assunto.


c.    Apesar de ser mais velho, o crocodilo já revelava experiência quanto ao casamento? Por quê?
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2.    Diga a que classes gramaticais pertencem as palavras em destaque:

a.    Percebeu o estranho encadeamento de ideias.
Percebeu:
o:
estranho:
encadeamento:
de:
ideias:

b.    Seria difícil conviver com aquele mundo de emoções novas, jamais experimentadas.
difícil:
com:
aquele:
jamais:


3.    Identifique nas frases o que se pede nos parênteses:

a.   Fazia quase uma semana que não saía de casa. (dois verbos)
b.    O clube oferecia opções variadas. (dois substantivos)
c.   Já não era miudinha e nada feinha. (dois adjetivos)
d.    Com as mãos sob a mesa... (dois artigos)


4.    Empregue adjetivos no lugar das locuções:

Ex:   Romeu tem trabalhos da escola para fazer.
        Romeu tem trabalhos escolares para fazer.

a.    Folheou as revistas da semana.

b.   Ele se dedica a atividade do esporte.


5.    Dê dois exemplos de verbos, em frases, que expressem:

a.      Ação
1 –____________________________________________________________________________
2 –____________________________________________________________________________

b.      Estado
1 –____________________________________________________________________________
2 –____________________________________________________________________________

c.       Fenômeno da natureza
1 –____________________________________________________________________________
2 – ___________________________________________________________________________


ASSISTA O VÍDEO "O ROCK DO SUBSTANTIVO"
https://www.youtube.com/watch?v=HHrTYiJS-_Y 

ASSISTA O VIDEO SOBRE ADJETIVOS
https://www.youtube.com/watch?v=V4-PMyy9qIA

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